Foi uma das decisões mais marcantes, e mais arriscadas também, de Barack Obama, desde que venceu as eleições gerais nos EUA.
Hillary Rodham Clinton, 62 anos, a grande rival de Barack na corrida à nomeação democrata à Presidência dos Estados Unidos da América, em 2008, teve comportamento exemplar para com Obama, logo após ter perdido o duelo nas primárias.
A partir desse momento, tornou-se uma possível «vice» do nomeado democrata mas, para desilusão dos seus 18 milhões de votantes, a escolha de Obama recaiu em Joe Biden.
Mas o que Barack já teria na manga apareceu duas semanas depois da eleição: Hillary Clinton é a terceira mulher a chefiar a diplomacia norte-americana (depois de Madeleine Albright e Condoleeza Rice), numa escolha ousada de Obama, que não teve medo de ir buscar aquela que, para uma fatia de perto 50 por cento do eleitorado democrata, deveria ter sido a Presidente.
«Team of Rivals», anunciou-se logo, em alusões ao que fizera a maior referência política de Obama, Franklin Roosevelt, quando chegou à Casa Branca. Houve até quem profetizasse um duelo interno entre Presidente e secretária de Estado, numa espécie de segunda volta das primárias, mas agora em funções de Estado.
Mas estes 100 dias têm mostrado uma quase perfeita sintonia entre Barack e Hillary. Era capaz de apostar que assim continuará a ser até Janeiro de 2013. Ou mesmo 2017, talvez...
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