O blogue que, desde novembro de 2008, lhe conta tudo o que acontece na política americana, com os olhos postos nos últimos dois anos da era Obama e na corrida às eleições presidenciais de 2016
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Clivagens na reforma da Saúde fazem derrapar popularidade de Obama
Sinais claros de desgaste da imagem do Presidente, no meio da discussão (tensa) sobre os custos da Reforma da Saúde.
SONDAGEM NBC/WALL STREET JOURNAL «Apoia os esforços de Obama para avançar com a reforma da Saúde?»SIM: 41% NÃO: 46%
Tenho a clara percepção de que, ao contrário do que acontece em Portugal, o povo americano tem uma sensibilidade elevada a qualquer dólar gasto sem ser dada uma justificação clara e objectiva e uma expectativa rigorosa da dimensão da despesa.
Nós somos muito mais permissivo, julgo que é porque não temos a consciência plena de que termos que ser nós a suportar a despesas do Estado.
Deve ser uma cultura enraizada no hábito das especiarias do oriente, do ouro do Brasil, dos fundos da Europa, enfim, de várias formas de enriquecermos com dinheiro que não nos esforçamos muito para obter.
Em Portugal não vejo sequer as pessoas preocupadas com o custo galopante do sector da saúde, nem muitos políticos preocupados com estancar este problema.
A reforma da Saúde será o primeiro grande teste para Obama - e quando são os próprios democratas (através dos «Blue Dogs» do Congresso, fiscalmente conservadores) a quererem travar plano de reforma do sistema, vemos que na América nem um Presidente popular consegue mudar este hábito.
Se Obama conseguir aprovar uma reforma que permita o acesso a cuidados de saúde para 95 por cento dos americanos, cada gasto desperdiçado poderá contar politicamente. Veremos como acaba este impasse.
2 comentários:
Tenho a clara percepção de que, ao contrário do que acontece em Portugal, o povo americano tem uma sensibilidade elevada a qualquer dólar gasto sem ser dada uma justificação clara e objectiva e uma expectativa rigorosa da dimensão da despesa.
Nós somos muito mais permissivo, julgo que é porque não temos a consciência plena de que termos que ser nós a suportar a despesas do Estado.
Deve ser uma cultura enraizada no hábito das especiarias do oriente, do ouro do Brasil, dos fundos da Europa, enfim, de várias formas de enriquecermos com dinheiro que não nos esforçamos muito para obter.
Em Portugal não vejo sequer as pessoas preocupadas com o custo galopante do sector da saúde, nem muitos políticos preocupados com estancar este problema.
É um facto.
A reforma da Saúde será o primeiro grande teste para Obama - e quando são os próprios democratas (através dos «Blue Dogs» do Congresso, fiscalmente conservadores) a quererem travar plano de reforma do sistema, vemos que na América nem um Presidente popular consegue mudar este hábito.
Se Obama conseguir aprovar uma reforma que permita o acesso a cuidados de saúde para 95 por cento dos americanos, cada gasto desperdiçado poderá contar politicamente. Veremos como acaba este impasse.
Um abraço, volta sempre a este espaço.
Germano
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