Faltam 23 meses para o arranque das primárias, mas já toda a gente percebeu que a corrida às presidenciais de 2016 já começou.
Do lado democrata, há um ás de trunfo: Hillary Rodham Clinton.
Se em 2008 a grande história se chamou Barack Hussein Obama (mesmo que o atual Presidente tivesse perdido a nomeação democrata para Hillary ou a eleição geral para John McCain, a corrida foi feita em torno dele), em 2016 Hillary tem tudo para ser a história da campanha.
Caso avance, não se vê como Hillary possa perder a nomeação.
No arranque das primárias de há seis anos, a então senadora por Nova Iorque tinha entre 20 e 30 pontos de avanço sobre Obama e Edwards. Desta vez, parte em todas as sondagens com uma vantagem de... 60 pontos sobre os eventuais concorrentes.
Recente sondagem ABC/Washington Post dá 73% de preferências para Hillary, para apenas 12% do atual vice-presidente Joe Biden e 8% da senadora Elizabeth Warren, do Massachussets.
No final de dezembro, estudo idêntico da Quinnipiac dava 66% a Hillary e colocava todos os outros putativos candidatos democratas abaixo dos dois dígitos.
Estes indicadores são demasiado evidentes para que a conclusão se torne inevitável: ok, ainda faltam quase dois anos para o «caucus» do Iowa.
Mas uma vantagem de 60 pontos, consistente em diferentes estudos, dão a Hillary estatuto de imbatível, mesmo na arena tão imprevisível da política americana.
Além da diferença esmagadora, há também leitura política a fazer. Quem poderá vir a ter Hillary Clinton na corrida à nomeação democrata?
Joe Biden, que aparece em segundo nas sondagens, terá já 74 anos em 2016. Seria, se fosse eleito, o mais velho presidente eleito pela primeira vez. Por outro lado, os índices de popularidade do Presidente Obama não são muito animadores para que o seu número dois na atual Administração tente capitalizar a herança dos anos Obama em 2016.
Elizabeth Warren é uma espécie de «consciência de esquerda» de Barack Obama. Apoiante de sempre do Presidente, tem sido uma das figuras da ala liberal e teve vitória importante no Massashussets, recuperando, em 2012, o lugar no Senado que fora de Ted Kennedy e que o republicano Scott Brown obtivera em 2010.
Mas a verdade é que Elizabeth não tem visibilidade nacional suficiente para ser uma candidata presidencial com hipóteses reais para 2016. O mesmo se poderá dizer, por exemplo, de Martin O'Malley, governador do Maryland, ou mesmo de Andrew Cuomo, governador de Nova Iorque.
Negócio fechado a favor de Hillary? Parece que sim. Tem vantagem esmagadora nas sondagens. Tem currículo impressionante (Primeira Dama entre 1993 e 2001; senadora entre 2001 e 2009; secretária de Estado entre 2009 e 2013). Teve comportamento exemplar com Barack Obama, depois de ter perdido as primárias por um detalhe.
Os 18 milhões de votos que amealhou em 2008 serão mais do que suficientes para que, desta vez, a nomeação seja um passeio. Há já um movimento «Ready for Hillary», que soma financiamento relevante (mais de quatro milhões de dólares) e beneficia de grande parte da base de apoio das campanhas Hillary-2008, Obama-2008 e Obama-2012.
A super pac «Priorites USA Action», herdeira das duas campanhas presidenciais de Obama está, também, a fazer campanha por Hillary.
Como figura polarizadora que é, Hillary tem também já uma super pac contra: chama-se mesmo «Stop Hillary 2016», mas não tem um décimo da dimensão dos movimentos a favor da candidatura da ex-secretária de Estado.
Odiada por setores republicanos, Hillary tem como principal problema as ondas de choque do «caso Benghazi», que em setembro de 2012 vitimou quatro diplomatas americanos, entre os quais o embaixador dos EUA na Líbia.
Mas o saldo político da passagem pelo Departamento de Estado é claramente favorável a Hillary e até lhe dá apoios à direita.
Depois das intercalares, talvez lá para o início de 2015, a América deve receber a confirmação do arranque da campanha Hillary Clinton 2016.
Do lado democrata, há um ás de trunfo: Hillary Rodham Clinton.
Se em 2008 a grande história se chamou Barack Hussein Obama (mesmo que o atual Presidente tivesse perdido a nomeação democrata para Hillary ou a eleição geral para John McCain, a corrida foi feita em torno dele), em 2016 Hillary tem tudo para ser a história da campanha.
Caso avance, não se vê como Hillary possa perder a nomeação.
No arranque das primárias de há seis anos, a então senadora por Nova Iorque tinha entre 20 e 30 pontos de avanço sobre Obama e Edwards. Desta vez, parte em todas as sondagens com uma vantagem de... 60 pontos sobre os eventuais concorrentes.
Recente sondagem ABC/Washington Post dá 73% de preferências para Hillary, para apenas 12% do atual vice-presidente Joe Biden e 8% da senadora Elizabeth Warren, do Massachussets.
No final de dezembro, estudo idêntico da Quinnipiac dava 66% a Hillary e colocava todos os outros putativos candidatos democratas abaixo dos dois dígitos.
Estes indicadores são demasiado evidentes para que a conclusão se torne inevitável: ok, ainda faltam quase dois anos para o «caucus» do Iowa.
Mas uma vantagem de 60 pontos, consistente em diferentes estudos, dão a Hillary estatuto de imbatível, mesmo na arena tão imprevisível da política americana.
Além da diferença esmagadora, há também leitura política a fazer. Quem poderá vir a ter Hillary Clinton na corrida à nomeação democrata?
Joe Biden, que aparece em segundo nas sondagens, terá já 74 anos em 2016. Seria, se fosse eleito, o mais velho presidente eleito pela primeira vez. Por outro lado, os índices de popularidade do Presidente Obama não são muito animadores para que o seu número dois na atual Administração tente capitalizar a herança dos anos Obama em 2016.
Elizabeth Warren é uma espécie de «consciência de esquerda» de Barack Obama. Apoiante de sempre do Presidente, tem sido uma das figuras da ala liberal e teve vitória importante no Massashussets, recuperando, em 2012, o lugar no Senado que fora de Ted Kennedy e que o republicano Scott Brown obtivera em 2010.
Mas a verdade é que Elizabeth não tem visibilidade nacional suficiente para ser uma candidata presidencial com hipóteses reais para 2016. O mesmo se poderá dizer, por exemplo, de Martin O'Malley, governador do Maryland, ou mesmo de Andrew Cuomo, governador de Nova Iorque.
Negócio fechado a favor de Hillary? Parece que sim. Tem vantagem esmagadora nas sondagens. Tem currículo impressionante (Primeira Dama entre 1993 e 2001; senadora entre 2001 e 2009; secretária de Estado entre 2009 e 2013). Teve comportamento exemplar com Barack Obama, depois de ter perdido as primárias por um detalhe.
Os 18 milhões de votos que amealhou em 2008 serão mais do que suficientes para que, desta vez, a nomeação seja um passeio. Há já um movimento «Ready for Hillary», que soma financiamento relevante (mais de quatro milhões de dólares) e beneficia de grande parte da base de apoio das campanhas Hillary-2008, Obama-2008 e Obama-2012.
A super pac «Priorites USA Action», herdeira das duas campanhas presidenciais de Obama está, também, a fazer campanha por Hillary.
Como figura polarizadora que é, Hillary tem também já uma super pac contra: chama-se mesmo «Stop Hillary 2016», mas não tem um décimo da dimensão dos movimentos a favor da candidatura da ex-secretária de Estado.
Odiada por setores republicanos, Hillary tem como principal problema as ondas de choque do «caso Benghazi», que em setembro de 2012 vitimou quatro diplomatas americanos, entre os quais o embaixador dos EUA na Líbia.
Mas o saldo político da passagem pelo Departamento de Estado é claramente favorável a Hillary e até lhe dá apoios à direita.
Depois das intercalares, talvez lá para o início de 2015, a América deve receber a confirmação do arranque da campanha Hillary Clinton 2016.
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