domingo, 12 de maio de 2013

Histórias da Casa Branca: desemprego mais baixo dos últimos quatro anos

TEXTO PUBLICADO NO SITE TVI24.PT, A 3 DE MAIO DE 2013: 

O mês de abril correu melhor do que o esperado para a economia americana. De acordo com dados do Departamento do Trabalho dos EUA, foram criados 165 mil novos empregos, um dado que permitiu a descida da taxa de desemprego para 7.5%.

A contratação, por parte das empresas americanas, de novos funcionários foi, em abril, muito mais forte do que nos últimos dois meses, abrandando assim os receios de que os cortes federais em Washington pudessem provocar uma arrefecimento da economia americana. 

Resultado: no final de abril, os Estados Unidos registaram a mais baixa taxa de desemprego dos últimos quatro anos.

A expetativa de vários economistas era a de que, em abril, fossem criados cerca de 140 mil novos empregos. Mas, além de terem sido gerados mais empregos do que o previsto, o número de saídas foi também menor do que o esperado. 

«Isso mostra que o mercado de trabalho e a economia em geral parecem estar mais resilientes do que os investidores temiam», expçica o analista de mercado da Western Union Business Solutions, em Washington, Joe Manimbo, citado pela Reuters.

A força relativa dos dados foram particularmente surpreendentes, dados outros sinais recentes que sugerem que a economia desacelerou com força nas últimas semanas.

Estes dados parecem reforçar a ideia que o Presidente Obama tem sustentado, de que está construída a «longa estrada da recuperação». 

É preciso lembrar que, em janeiro de 2009, quando Barack Obama tomou posse pela primeira vez, o sistema financeiro estava a dias de desabar e a economia americana sofria uma queda livre. 

No primeiro ano de Presidência Obama, a taxa de desemprego chegou a atingir 10.5%. Só depois de aprovado o Recovery Act no Congresso (na altura, ainda muito democrata, e mesmo assim com grandes resistências a tamanha intervenção federal), se começaram a sentir alguns efeitos positivos. 

O caminho de recuperação identificado a partir de 2010, e acentuado em 2011 e 2012, chegou a ter um abrandamento nos últimos meses, muito por culpa dos cortes federais já decorrentes das negociações entre a Casa Branca e o congresso republicano, para fazer face à ameaça da «Fiscal Cliff».

Mesmo com um sistema político e administrativo «sequestrado» em Washington, os EUA têm mostrado uma grande capacidade de adaptação aos novos tempos e começam a ter, de novo, uma economia pujante e capaz de gerar novos empregos. 

Infelizmente, não podemos dizer o mesmo deste lado do Atlântico. Longe disso...

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