quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Histórias da Casa Branca: Obama mais perto da reeleição


TEXTO PUBLICADO NO SITE DE A BOLA A 26 DE SETEMBRO DE 2012:


Obama mais perto da reeleição

Por Germano Almeida




«A menos de um mês e meio da data mágica de 6 de novembro, aumenta a ideia de que a reeleição de Barack Obama é o cenário mais provável.



A eleição continua ‘too close to call’, demasiado equilibrada para ser declarado já um vencedor, mas temos assistido a uma tendência consistente de vantagem de Obama sobre Romney.



Com a exceção de uma ou outra sondagem nacional publicada logo após a Convenção Republicana de Tampa, na Florida, que apontavam para um empate, a verdade é que a esmagadora maioria dos estudos dos principais institutos norte-americanos (Gallup, Zogby, Rasmussen, American Research Group, Pew Research Center, Opinion Research Corporation) têm dado, de forma consistente, uma vantagem a Barack Obama entre os dois e os oito pontos percentuais.



Essa diferença tem, aliás, aumentado ligeiramente nas últimas semanas.



O pós-convenção tem sido complicado para Romney: primeiro foi a reação precipitada contra o Presidente, na sequência dos ataques a diplomatas americanos na Líbia (considerados irresponsáveis e com pouco sentido de estado, mesmo por analistas independentes e por alguns simpatizantes republicanos); depois foi o caso dos «47 por cento», que reforçou a noção de que o nomeado republicano está «out of touch» em relação às dificuldades do americano médio.



Peggy Noonan, respeitadíssima analista de tendência republicana, considerou que «o caso dos 47 por cento foi a última prova de que esta candidatura republicana é incompetente».



Obama fortíssimo nos estados decisivos



Apesar de continuar a enfrentar alguns perigos reais pelo facto de ser Presidente (será que os protestos contra a América no mundo muçulmano vão agravar-se?; que comportamento terá a Economia americana nas próximas semanas?), o facto é que Barack Obama dá mostras de ter a reeleição cada vez mais próximas.



Ainda não é um caso resolvido, mas as ‘intrade odds’ dão entre 70 a 80 por cento de probabilidades de triunfo para o candidato democrata, a 6 de novembro.



Se, do ponto de vista do voto popular, os estudos mostram algum equilíbrio (ainda que Obama também lidere nesse particular), o principal indicador que coloca Barack como claro favorito neste momento tem a ver com o seu comportamento eleitoral nos estados decisivos.



Nos EUA, a eleição presidencial define-se pela soma dos Grandes Eleitores obtidos estado a estado. Num total de 538, é preciso ter pelo menos 270 para se conseguir a eleição. Neste momento, Obama tem condições para reunir entre 320 e 350 Grandes Eleitores.



Na Costa Oeste e em quase toda a Costa Leste, Obama tem a vitória assegurada. No Sul e nas zona noroeste do chamado Midwest, Mitt Romney vencerá em quase todos os estados.



Deste modo, o que decide a eleição são 12 estados num total de 50: Ohio, Florida, Virgínia, Pensilvânia, Missouri, Iowa, Colorado, New Hampshire, Michigan, Wisconsin, Nevada e Carolina do Norte.



O que dizem as sondagens, neste momento? Dizem que Obama vencerá em, pelo menos, sete desses estados. Romney apareceu à frente no Missouri e na Carolina do Norte até há poucos dias. Mas até nesses dois territórios Obama dá mostras de poder vencer (aparece com quatro pontos de vantagem na Carolina do Norte, em estudo publicado na passada segunda-feira, pela Civitas).



O Nevada, estado que apresenta neste momento a maior taxa de desemprego na América (acima de 12 por cento), é outro ponto de grande dúvida. Mas até aí Obama tem aparecido competitivo nos últimos estudos.



A Florida, estado decisivo em 2000, aparece em empate técnico. Trata-se de um «must-win-state» para Romney (se não vencer lá, certamente não será Presidente), mas para as contas de Obama até pode acontecer que perca o «sunshine state» e, mesmo assim, vença com facilidade. Basta-lhe, para isso, que mantenha as vantagens claras que, neste momento, exibe no Ohio, na Pensilvânia, na Virgínia e no Wisconsin.



Faltam 41 DIAS para as eleições presidenciais nos Estados Unidos.»

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