TEXTO PUBLICADO NO SITE TVI24.PT, A 6 DE NOVEMBRO DE 2012:
Barack Hussein Obama II, 51 anos, democrata, Presidente dos Estados Unidos da América, e Willard Mitt Romney, 65 anos, republicano, ex-governador do Massachussets, vão hoje a votos e pedem aos americanos um mandato para ocupar a Casa Branca ate janeiro de 2017.
Todas as sondagens apontam para uma corrida disputada a pele, com um empate quase absoluto nos números nacionais e uma ligeira vantagem para o Presidente nas contas do Colégio Eleitoral.
Depois de quase dois anos de campanha do lado republicano (e uma eventual vantagem no campo democrata pelo facto de Obama não ter tido que passar por uma temporada de primárias), a corrida chega ao fim... ainda mais empatada do que começou.
Barack Obama manteve um avanço de alguns pontos nas sondagens, atá a oficialização da nomeação de Mitt Romney.
Ultrapassada a divisão do campo republicano, Romney recuperou depois do verão e passou a estar taco-a-taco com o Presidente.
As convenções partidárias tiveram saldo favorável para Obama, que após o discurso de Bill Clinton em Charlotte descolou para uma vantagem de seis a nove pontos. Faltavam, na altura, dois meses e as coisas começavam a parecer mais ou menos definidas.
Só que chegou o primeiro debate presidencial e esse foi o turning point desta longa corrida. Seria a última chamada para um Mitt Romney que tardava a afirmar-se como «presidenciavel». E o republicano venceu, claramente, um Barack Obama abaixo do normal.
O campo republicano ganhou momentum, chegou mesmo a passar para a frente das sondagens nacionais. Mas mesmo nessa fase mais difícil, o campo de Obama mostrou-se sempre muito confiante de se sair bem nos estados decisivos.
O Ohio afirma-se como a firewall da reeleição de Obama. O Presidente tem, no buckeye state, números superiores a outros estados em segmentos que lhe são particularmente difíceis, como os homens brancos ou o eleitorado mais velho.
Melhor nos dois debates restantes, Barack Obama recuperou nas duas ultimas semanas da corrida e pode estar a beneficiar também da boa resposta mediática que teve a «super tempestade» Sandy, que devastou a Nova Jérsia e deixou estragos profundos no nordeste da América.
Obama adquiriu, nos dias finais, mais trunfos que Romney: os endorsments de Colin Powell e Mike Bloomberg; os elogios sentidos de Chris Christie, que terá sido a primeira escolha Romney para a vice-presidencia; uma nova oportunidade de «liderar uma megacrise» , no pós-Sandy.
Na reta final, Romney apelou aos independentes, recordou os falhanços de Obama e moderou o discurso, prometendo «chamar os democratas para consensos», de modo a assumir-se como o candidato que pode «por Washington a funcionar».
Com empate técnico nas sondagens nacionais, nunca a batalha pelos estados decisivos foi tão importante. Será outra vez o Ohio, mas também a Florida, o Wisconsin, o Iowa e a Virgínia. E os esforços finais de Romney na Pensilvânia e no Michigan (dois estados que chegaram a ser dados como certos para Obama) parecem ser fundamentados.
A rota de Obama para os 270 Grandes Eleitores e mais fácil de traçar - mas tudo pode acontecer.
O equilíbrio e tanto que muitos prevêem um pesadelo pós-eleitoral, com recontagens em vários estados. No atual momento da América, isso seria o pior que poderia acontecer.
Todas as sondagens apontam para uma corrida disputada a pele, com um empate quase absoluto nos números nacionais e uma ligeira vantagem para o Presidente nas contas do Colégio Eleitoral.
Depois de quase dois anos de campanha do lado republicano (e uma eventual vantagem no campo democrata pelo facto de Obama não ter tido que passar por uma temporada de primárias), a corrida chega ao fim... ainda mais empatada do que começou.
Barack Obama manteve um avanço de alguns pontos nas sondagens, atá a oficialização da nomeação de Mitt Romney.
Ultrapassada a divisão do campo republicano, Romney recuperou depois do verão e passou a estar taco-a-taco com o Presidente.
As convenções partidárias tiveram saldo favorável para Obama, que após o discurso de Bill Clinton em Charlotte descolou para uma vantagem de seis a nove pontos. Faltavam, na altura, dois meses e as coisas começavam a parecer mais ou menos definidas.
Só que chegou o primeiro debate presidencial e esse foi o turning point desta longa corrida. Seria a última chamada para um Mitt Romney que tardava a afirmar-se como «presidenciavel». E o republicano venceu, claramente, um Barack Obama abaixo do normal.
O campo republicano ganhou momentum, chegou mesmo a passar para a frente das sondagens nacionais. Mas mesmo nessa fase mais difícil, o campo de Obama mostrou-se sempre muito confiante de se sair bem nos estados decisivos.
O Ohio afirma-se como a firewall da reeleição de Obama. O Presidente tem, no buckeye state, números superiores a outros estados em segmentos que lhe são particularmente difíceis, como os homens brancos ou o eleitorado mais velho.
Melhor nos dois debates restantes, Barack Obama recuperou nas duas ultimas semanas da corrida e pode estar a beneficiar também da boa resposta mediática que teve a «super tempestade» Sandy, que devastou a Nova Jérsia e deixou estragos profundos no nordeste da América.
Obama adquiriu, nos dias finais, mais trunfos que Romney: os endorsments de Colin Powell e Mike Bloomberg; os elogios sentidos de Chris Christie, que terá sido a primeira escolha Romney para a vice-presidencia; uma nova oportunidade de «liderar uma megacrise» , no pós-Sandy.
Na reta final, Romney apelou aos independentes, recordou os falhanços de Obama e moderou o discurso, prometendo «chamar os democratas para consensos», de modo a assumir-se como o candidato que pode «por Washington a funcionar».
Com empate técnico nas sondagens nacionais, nunca a batalha pelos estados decisivos foi tão importante. Será outra vez o Ohio, mas também a Florida, o Wisconsin, o Iowa e a Virgínia. E os esforços finais de Romney na Pensilvânia e no Michigan (dois estados que chegaram a ser dados como certos para Obama) parecem ser fundamentados.
A rota de Obama para os 270 Grandes Eleitores e mais fácil de traçar - mas tudo pode acontecer.
O equilíbrio e tanto que muitos prevêem um pesadelo pós-eleitoral, com recontagens em vários estados. No atual momento da América, isso seria o pior que poderia acontecer.
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