terça-feira, 24 de maio de 2011

Histórias da Casa Branca: O dilema dos republicanos


Mitt Romney, Michelle Bachmann e Tim Pawlenty: os antigos governadores podem protagonizar a luta final pela nomeação republicana; a congressista do Minnesota pode aproveitar as quedas de Donald Trump, Sarah Palin e Mike Huckabee para agarrar o apoio da ala dura


O dilema dos republicanos

Por Germano Almeida


A eliminação de Osama Bin Laden foi interpretada por muitos como o passaporte de Barack Obama para a reeleição.

Se é verdade que o sucesso da operação que levou à morte do mentor do 11 de Setembro ficará como uma das principais marcas do primeiro mandato do 44.º Presidente dos Estados Unidos da América, a resposta certa sobre as verdadeiras hipóteses de Obama assegurar a reeleição estará muito mais no que vier a acontecer no campo republicano.

A corrida às presidenciais norte-americanas é muito longa e imprevisível. A um ano e meio das eleições gerais, achar que a subida de popularidade obtida por Obama no pós-operação que levou à morte de Bin Laden será o factor decisivo é, no mínimo, lançar os dados fora do tempo.

Até lá, muito irá acontecer. E a componente económica, que continua a ter contornos muito pouco previsíveis, deve pesar mais.

Trunfo mais consistente para se identificar uma clara tendência rumo à reeleição de Obama tem a ver com a falta de qualidade política das hipóteses que têm aparecido no campo opositor.

Esqueçam Trump e Sarah
Até há algumas semanas, os conservadores andaram entretidos com dois possíveis candidatos que tinham tudo para agitar os media, mas que seriam a receita quase certa para um rotundo fracasso do Partido Republicano, nas aspirações do GOP de remover Obama da Casa Branca já em 2012: Donald Trump e Sarah Palin.

O multimilionário levou ao limite a sua bizarra cruzada em relação ao local de nascimento do Presidente. De pouco valeu o facto de Obama já ter garantido, na eleição de 2008, que as suspeitas de que não seria born in America eram disparatadas.

Dando uma inusitada força mediática ao estranho movimento dos ‘birthers’ (um grupo que se organizou nos últimos dois anos, com o único intento de tentar provar algo que, simplesmente, não corresponde à realidade), Donald Trump tanto insistiu nessa mentira que levou Obama a mostrar o óbvio: de forma discreta, mas clara, o Presidente divulgou o seu certificado de nascimento, que sem margem para qualquer dúvida refere que Barack nasceu em Honolulu, no Hawai – o 50.º estado dos EUA.

Num daqueles passes de mágica em que Obama é mestre, a disparatada polémica do seu local de nascimento acabou por proporcionar-lhe um momento de clara vantagem sobre Trump, quando, em pleno jantar dos correspondentes da Casa Branca – um dos momentos-chave do ano político na América – o Presidente fez uma piada sobre o facto, mostrando um vídeo que mostrava, em desenhos animados, paisagens africanas: «Este é o meu vídeo de nascimento», lançou Obama, divertido. «E caso a Fox News não tenha percebido, isto era uma piada…»

Barack não se ficou por aqui e, com Donald Trump presente na sala, de ar indisfarçavelmente constrangido, mostrou outra imagem: «Este será o aspecto da Casa Branca, se Donald Trump for eleito». No vídeo aparece uma montagem da casa oficial do Presidente dos EUA, com um letreiro em tons berrantes e um estilo de gosto duvidoso. Foi a gargalhada na plateia – e terá sido o momento da decisão de Donald Trump. Dias depois, o multimilionário anunciou: «Não vou avançar com uma candidatura à Presidência».

Sarah Palin, a outra peça out of the box do campo republicano, ainda não se decidiu – mas os sinais começam a apontar para que também não avance.

A ex-governadora do Alasca, escolhida por John McCain para vice do ticket presidencial republicano em 2008, conseguiu mobilizar as hostes conservadoras até Novembro do ano passado – altura em que o Tea Party deu um empurrão decisivo à vitória dos republicanos nas eleições intercalares para o Congresso.

Mas, nos últimos meses, os dados da equação mudaram muito. A falta de preparação política de Sarah tem vindo ao de cima – e as suas dificuldades em disputar o centro político com Obama estão a ser espelhadas nas sondagens.

Com números desanimadores nas pesquisas, o entusiasmo em redor de Palin está a arrefecer – e pode comprometer as aspirações da hockey mom do Alasca de vir a avançar com uma candidatura presidencial para 2012.

Outro nome forte da ala dura dos republicanos que já garantiu que não vai a jogo é Mike Huckabee. O antigo pastor baptista, ex-governador do Arkansas, surpreendeu tudo e todos ao anunciar, recentemente, que não será candidato – apesar de as sondagens o terem posto, até há poucas semanas, como um dos três nomes mais bem colocados para obter a nomeação republicana.

Mike, que nas primárias republicanas de 2008 obteve fortes vitórias nos estados do Sul, deixa assim em aberto o campo conservador para outros dois candidatos que, tudo indica, irão disputar o eleitorado mais à Direita: Newt Gingrich, 67 anos (antigo speaker do Congresso, líder da Revolução Republicana dos anos 90) e Michelle Bachmann, 56 anos, congressista do Minnesota e candidata preferida dos movimentos ligados ao Tea Party.

Romney, Pawlenty, Christie, Huntsman ou uma surpresa?
Sem Trump, Huckabee e, provavelmente, Palin na jogada – e com Gingrich e Michelle Bachmann já a posicionarem-se como prováveis representantes da ala dura – a corrida republicana começa, digamos, a normalizar-se, depois de mais de um ano marcado por um estranho impasse.

O fenómeno do Tea Party, extremamente mobilizador mas pouco consistente -- e mesmo nada abrangente para quem pretende disputar uma eleição presidencial --, parecia ofuscar os candidatos do Partido Republicano que mais condições poderiam reunir numa disputa presidencial com Barack Obama.

Depois do ruído e do entusiasmo fácil pós-midterms (dois factores que talvez expliquem um certo atraso no arranque da corrida pela nomeação republicana), os principais líderes republicanos começam, agora, a ter o seu espaço.

E as sondagens, finalmente, vão mostrando uma tendência mais ligada ao que poderá acontecer depois do Verão, altura em que as coisas deverão começar a clarificar-se no campo republicano.

Dos candidatos que já anunciaram a intenção de avançar, há dois nomes com claras hipóteses de lutar pela nomeação: Mitt Romney, 64 anos, antigo governador do Massachussets e terceiro classificado nas primárias de 2008, e Tim Pawlenty, 50 anos, ex-governador do Minnesota e que chegou a estar na shortlist de John McCain para a vice-presidência republicana, em 2008.

Embora ainda não tenham confirmado as respectivas candidaturas, apontaria outros dois nomes que julgo que poderem vir a disputar a nomeação: o antigo governador do Utah, e embaixador dos EUA na China até ao passado dia 30 de Abril, Jon Huntsman, 51 anos, e o governador da Nova Jérsia, Chris Christie, 62 anos.

Huntsman poderia ter tudo para ser o candidato ideal contra Obama: é um republicano moderado, com capacidade para penetrar no eleitorado democrata em caso de dificuldades económicas em 2012, e dispõe de bons apoios na máquina republicana, sobretudo entre os governadores de estados.

Mas tem um grande problema: está conotado com a Administração Obama, pelo simples facto de a ter servido até há poucas semanas, como embaixador norte-americano em Pequim.

Não tão moderado, mas claramente enquadrável na zona mais clássica do Partido Republicano, Mitch Daniels poderia ser um candidato forte: é do Indiana, um estado importante em eleições presidenciais, e poderia aproveitar a não candidatura de Haley Barbour para vir a ganhar apoios de peso junto do mainstream republicano. Mas Mitch anunciou, esta semana, que não vai avançar – talvez por força das sondagens que lhe dão números muito escassos.

Já na corrida, mas sem quaisquer hipóteses de nomeação, estão Herman Cain, Gary Johnson, Ron Paul e Rick Santorum.

No meio de algumas certezas e, sobretudo, muitas dúvidas do campo republicano, há um dado que se mantém coerente, na linha de rumo para se perceber a disputa presidencial norte-americana de 2012: Barack Obama continua à frente em todas as sondagens, liderando todos os cenários.

Mas é preciso saber esperar: é que a corrida, oficialmente, ainda nem sequer começou…

terça-feira, 17 de maio de 2011

Observatório 2012 (XIV): Donald Trump, afinal, não avança para a Casa Branca

Agitou, de forma um pouco patética, as hostes republicanas nas últimas semanas, mas depois da apresentação do «birth certificate» de Obama, e sobretudo da forma como o Presidente soube brincar com a situação no jantar dos correspondentes da Casa Branca, com Donald Trump presente na sala, o multimilionário veio deixar a garantia: não vai avançar com uma candidatura.



O campo republicano começa, a pouco e pouco, a ficar clarificado... e normalizado.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Observatório 2012 (XIII): Newt Gingrich vai avançar


Dado importante para percebermos como irá evoluir a dinâmica da corrida à nomeação republicana: Newt Gingrich, 67 anos, herói «Revolução Conservadora» de 1994, vai mesmo avançar com uma candidatura presidencial para 2012.

A formalização deverá acontecer esta quarta-feira. Do lado republicano, as coisas continuam ainda muito baralhadas
. Quem faz mais barulho (Donald Trump, Sarah Palin, Michelle Bachmann) não deverá ter grandes hipóteses na hora da verdade.

Enquanto isso, os nomes mais credíveis (Tim Pawlenty, Mitt Romney, Mitch Daniels, Jon Huntsman) aguardam por uma fase posterior para lançarem os seus trunfos.

Com a entrada de Gingrich neste jogo, o campo mais conservador parece ter já um peso pesado na corrida. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.


«Former House Speaker Newt Gingrich is set to announce the official launch of his presidential campaign on Wednesday, according to spokesman Rick Tyler.

Gingrich will make his announcement via Twitter and Facebook in another indicator of how vital social media platforms will be in the 2012 campaign. Former Massachusetts Gov. Mitt Romney and former Minnesota Gov. Tim Pawlenty -- two of the more prominent candidates for the GOP nomination -- both launched their White House exploratory committees through online videos that their campaigns-in-waiting promoted heavily on Twitter and Facebook.

The former Georgia congressman is slated to speak at the National Hispanic Prayer Breakfast in Washington, D.C., on Wednesday morning before sitting down with Fox News' Sean Hannity that night for his first interview as an official candidate.

Gingrich will travel to Georgia on Friday, according to Tyler, where he will attend the state Republican Party Convention in Macon. The former speaker, who has spent over a decade living in Northern Virginia, is making an overt effort to highlight his ties to Georgia and will base his presidential campaign in the Southern state.

As he begins his campaign in earnest, Gingrich enjoys a reputation as a prolific generator of ideas with proven fundraising abilities and a robust political organization. His high name recognition has helped him perform relatively well in early national polls, but his tumultuous personal life and penchant for generating controversy are two traits he will have to work to overcome to prove himself a viable candidate for the GOP nomination.»

in RealClearPolitics.com

domingo, 8 de maio de 2011

Taxa de Aprovação de Obama sobe após a morte de Bin Laden


Estes valores da sondagem Washington Post/Pew Research Center mostram os números mais positivos para o Presidente dos últimos dois anos.

O efeito era previsível, depois da «Operação Geronimo». Falta saber quanto tempo irá durar...

BARACK OBAMA
Aprovação: 56 por cento

Reprovação: 38 por cento

terça-feira, 3 de maio de 2011

Obama, sempre Obama: realismo e sobriedade na hora da vitória


«Os EUA não estão em guerra contra o Islão e nunca estarão em guerra contra o Islão. O fim de Bin Laden deve ser saudado por todos aqueles que acreditam na paz e na dignidade»

Barack Obama, Presidente dos EUA, no discurso de anúncio da morte de Bin Laden

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Histórias da Casa Branca: O dia da morte de Osama Bin Laden


Barack Obama anunciou, em Washington, a morte de Osama Bin Laden, na sequência de uma operação muito bem sucedida, que durou meses, ordenada pelo Presidente, dirigida pela CIA e executada por forças especiais norte-americanas



O dia da morte
de Osama Bin Laden

Por Germano Almeida


Foi preciso esperar quase uma década, mas o inimigo público número um que a América apontou a 11 de Setembro de 2001 foi mesmo apanhado e morto.

Naquele dia maldito, que incrivelmente já aconteceu há quase uma década, o então Presidente George W. Bush prometera capturar o novo satanás, nem que fosse à moda do Velho Oeste: ‘Dead or Alive’.

Os norte-americanos puseram-lhe a cabeça a prémio e até fixaram um preço para a captura de Bin Laden: 25 milhões de dólares.

Dez anos depois, com duas aventuras militares americanas pelo meio (o desastre do Iraque e a ambiguidade do Afeganistão), o sucessor de Bush na Casa Branca tem um nome estranhamente parecido com o inimigo agora assassinado.

Parecia estar escrito nas estrelas: coube mesmo a Obama, ele próprio um produto do pós-ameaça Bin Laden, pela antítese que representa ao terror lançado por Osama, a tarefa de anunciar «à América e ao Mundo» a captura e morte do rosto do terror lançado sobre os EUA a 11 de Setembro de 2001 – e, a partir desse dia, sobre vários pontos do globo, nos anos que se seguiriam.

Foi o culminar de uma operação quase perfeita: numa enorme vitória para a Administração Obama (e sobretudo para a forma como Barack entendeu conduzir a sua interpretação do que deve ser um «commander in chief»), Osama Bin Laden, 54 anos, filho de um emigrante iemenita que se transformou num dos homens mais ricos da Arábia Saudita, fundador e líder da Al Qaeda, principal mentor do maior atentado terrorista perpetrado em solo norte-americano, morreu na madrugada de 1 para 2 de Maio, na casa onde tinha o seu esconderijo em Abbottabad, a 60 quilómetros de Islamabade, capital do Paquistão, após uma operação especial autorizada pela Administração Obama, dirigida pela CIA e executada por elementos da Navy Seal e da Joint Special Operations Command.

Foi uma missão preparada ao detalhe e que terá começado em Agosto, num cruzamento de serviços de informação, decisão estratégica e execução no terreno de tropas especiais. Os últimos anos pareciam ter mostrado uma certa perda de eficácia americana neste tabuleiro – e, também por isso, este desfecho extraordinariamente bem sucedido constitui uma das maiores vitórias de Barack Obama desde que assumiu o cargo de Presidente dos EUA.


Apanhar Bin Laden, quase uma década depois do 11 de Setembro, era ainda uma questão de honra para os norte-americanos

«Este foi um bom dia para a América», anunciou Obama. «O Mundo tornou-se um lugar melhor depois da morte de Osama Bin Laden», prosseguiu o Presidente, num registo bem ao estilo da retórica clássica dos EUA nestas ocasiões.

«Há quase dez anos, sofremos o pior ataque da nossa história. Um dia que nunca sairá da nossa memória. Hoje, às famílias que perderam alguém na guerra contra o terror podemos dizer que a justiça foi feita. O nosso país manteve o empenho e a justiça foi feita. Hoje lembramo-nos, como nação, que não há nada que não possamos fazer quando nos recordamos do sentimento de unidade que nos define», sentenciou Obama.

A morte e o seu simbolismo
Nem vale a pena argumentar muito sobre a mais que evidente perda de influência operacional de Bin Laden nos últimos anos. Desde 2005/2006, no pós-atentados de Londres (Julho 2005), que a Al Qaeda já tinha deixado de ser uma estrutura global e centralizada – e passou a ser algo próximo de um mito pouco consistente, pulverizado em micro-organizações de terrorismo franchisado em zonas como o Magrebe, Médio Oriente e, sobretudo, nos países muçulmanos da Ásia.

E também de pouco valerá, num dia histórico como este, com tamanha carga simbólica para todos os que condenam o terrorismo e, em especial, para os norte-americanos, recordar que os recentes movimentos sociais e políticos no mundo árabe (que, nos últimos meses, já redundaram nas quedas das ditaduras de Ben Ali, na Tunísia, e Mubarak, no Egipto, e ainda na eclosão da guerra na Líbia e fortes convulsões sociais na Síria, no Iémen e no Bahrein), deixavam antever uma certa perda de ascendente por parte da Al Qaeda em relação à «agenda de contestação» daquela que foi uma importante base de apoio da organização terrorista, nos primeiros anos do século XXI.


A morte de Bin Laden gerou uma onda de euforia em cidades como Nova Iorque e Washington

Para os americanos, esta era uma espinha atravessada na garganta. Uma questão de orgulho que havia que resolver. As reacções de euforia que se verificaram em cidades como Nova Iorque ou Washington são a maior prova de como a morte de Bin Laden era uma missão que faltava cumprir no espírito americano. E até aconteceram reacções quase da esfera do milagre político, como as felicitações dadas ao Presidente Obama por... Dick Cheney!

E depois da euforia?
Festejar uma morte tem um certo tom macabro num mundo supostamente racional. Mas foi isso que acabou de acontecer, nas mais variadas capitais «civilizadas» -- de Washington a Paris, de Londres a Madrid, de Lisboa a Nova Iorque (ONU).

Passada a euforia, que por certo durará pouco neste Mundo de ‘headlines’ instantâneos, há que analisar o que pode mudar na luta contra o terrorismo.

Estranhamente, deve mudar pouco.

Bem recentemente, Obama tomou decisões importantes em postos chave na Defesa e Segurança Nacional -- e que apontam para a continuidade na linha de «realismo» que tem dominado a sua política externa: Leon Panetta, experimentadíssimo, transita da CIA para o Pentágono, rendendo Robert Gates (único sobrevivente dos anos Bush para a era Obama em cargos de topo) no posto de secretário da Defesa.

David Petraeus, o mais respeitado general do exército americano, o homem da ‘surge’ bem sucedida que permitiu o início da retirada do Iraque, será o novo homem forte da CIA, deixando os comandos militares do Iraque e Afeganistão ao seu sucessor, o general John Allen.

Quando assumir funções em Langley, Petraeus reforçará a ideia de que a rota de Obama para os postos de Defesa e Segurança Nacional passa pela redução de efectivos no terreno e pela aposta nos neurónios e nos serviços secretos. Sem estes dois ingredientes, acreditem, não se teria feito História algures em Abbottabad, numa mansão que escondia o homem mais procurado do Mundo.

O importante era apanhar «o cérebro do terror» – e Barack, na campanha presidencial de 2008, já tinha delimitado o alvo: se fosse necessário, os EUA iriam «matar Osama Bin Laden».

Há máximas que nem um Presidente tão original como Obama consegue mudar. E o orgulho americano vê-se em operações especiais como esta.

Barack Obama anuncia a morte de Osama Bin Laden: «Quase dez anos depois, foi feita justiça»

O Presidente dos EUA anunciou que Bin Laden foi morto numa acção militar no Paquistão. Obama manifestou a sua convicção de que, após a eliminação de Bin Laden, a «Al Qaeda fica enfraquecida, embora não termine o risco que ela representa».

E recordou: «Há quase 10 anos, sofremos o pior ataque de nossa história. Um dia que nunca sairá de nossa memória. Hoje, para as famílias que perderam alguém na guerra contra o terror, podemos dizer que a justiça foi feita».

Triunfo para os EUA e para a Administração Obama: Osama Bin Laden foi capturado e morto


Um artigo de Laura Meckler, no Wall Street Journal:

«WASHINGTON-- Al Qaeda leader Osama bin Laden is dead, President Obama said. The U.S. has his body in its possession, U.S. officials said late Sunday.

Mr. bin Laden was killed in a joint raid overnight Sunday in Pakistan's northwestern district of Abbottabad, some 40 miles from Islamabad, according to a senior Pakistani official.

The town also is home to a Pakistani military academy. Two American helicopters took part in the operation, the official said. One Pakistani helicopter involved in the raid crashed after it was hit by firing from militants.

President Barack Obama made the announcement late Sunday at the White House. The development capped a manhunt of more than a decade for the architect of the Sept. 11, 2001, attacks that left nearly 3,000 people dead and dramatically altered U.S. foreign policy and the nation's sense of security.

Although Mr. bin Laden was not thought to be a critical operational leader of al Qaeda, he had been the worldwide symbol of the terrorist network.

Because he has been so difficult to find for more than a decade, the killing of Mr. bin Laden is a major victory for Mr. Obama, who demanded an aggressive expansion of Predator drone strikes in Pakistan.

In a recent book on Mr. bin Laden, Michael Scheuer, former chief of the Central Intelligence Agency's bin Laden unit, wrote that the al Qaeda leader's goal was to attack the West, and then to move on to Arab states and Israel, but that "he has given no indication that he expects to live long enough to finish the job."

Instead, Mr. Scheuer wrote, Mr. bin Laden "has anticipated a war of attrition, one that might last decades," so he began passing the torch to younger al Qaeda activists.»