terça-feira, 12 de junho de 2012

Histórias da Casa Branca: o fantasma europeu ensombra a reeleição




Barack Obama aponta o caminho a Angela Merkel e François Hollande: o Presidente dos EUA arrisca-se a perder o segundo mandato à custa de uma Europa hesitante no ataque à crise de vários dos seus membros



O fantasma europeu ensombra a reeleição

Por Germano Almeida




A recente recuperação de Mitt Romney nas sondagens reacendeu a ideia de que Barack Obama se arrisca a entrar no lote minoritário dos presidentes que falham a reeleição.

Um olhar pela história das últimas dez tentativas de um Presidente em funções mostra que os incumbentes tiveram sucesso em sete delas. Só por três vezes, durante esse período da história eleitoral americana, isso não ocorreu: Gerald Ford em 1976 (perdeu para Jimmy Carter), Jimmy Carter em 1980 (perdeu para Ronald Reagan) e George Bush em 1992 (perdeu para Bill Clinton).

A somar a esta tendência de sete para dez em favor dos Presidentes em funções, está o facto de que a primeira das três exceções acima citadas ter sido de um Presidente que nem sequer foi eleito (Ford, que tomou posse depois da renúncia de Nixon).

Se nos lembrarmos da forte maioria obtida por Obama em 2008, poderemos ter a tentação de achar que Barack terá muitas hipóteses de repetir a eleição -- mesmo que perca folga nas margens obtidas em vários estados.

E uma parte importante da estratégia eleitoral da equipa de reeleição do Presidente passa por aí: os números que Obama continua a obter em estados decisivos como o Ohio, a Florida ou a Virgínia mostram isso -- independentemente da subida que Romney obteve a nível nacional, e que coloca o nomeado republicano ligeiramente à frente no «Tracking Poll» do Gallup de hoje (12 de junho): Romney 46/Obama 45.

Mesmo com os cisnes negros da Economia a ameaçar a estratégia de reeleição de Obama, há fatores que se mantêm favoráveis às aspirações eleitorais de Barack em novembro: Romney está longe de ser um candidato bem visto pelo americano comum; o bom senso de uma grande parte do eleitorado dos estados decisivos geralmente prefere manter o rumo de quem já conhece, em detrimento de uma nova aventura; em alguns segmentos dos independentes, Obama tem menos anticorpos do que Romney.

É verdade que Mitt passou para a frente nas sondagens de alguns estudos nacionais nos últimos dias. Mas se nos lembrarmos do estado da corrida há oito anos entre Bush filho e Kerry, no início do verão também parecia bastante provável que o "challenger" vencesse. E até em 1996, imaginem, Bob Dole passou junho com uma ligeira vantagem em relação a Bill Clinton...

Olhem para... a Europa. Não é nada costume ler-se este aviso em eleições presidenciais americanas, mas poderá ser uma das frases chave da corrida de 2012.

Barack Obama, que em 2008 se tornou um ícone 'pop' para os europeus, deixou de caminhar sobre a água em relativamente pouco, aos olhos de Berlim, Paris, Madrid ou mesmo Londres.

Rapidamente se percebeu, na Europa, que por muito que Obama seja (e continua a sê-lo) um político extremamente popular na Europa, o que ele realmente veste é a capa de Presidente dos Estados Unidos. E a primeira funções do titular do cargo eleito mais influente do Mundo é o de defender os interesses dos EUA.

A lua de mel de Obama com a Europa terminou quando o Presidente dos EUA apelou a um maior envolvimento da Alemanha, da França e mesmo do Reino Unido na gestão da retirada das tropas no Afeganistão e no Iraque. Obama foi lembrando, nestes últimos três anos, que os custos humanos e financeiros das guerras contra o terrorismo não podiam ser apenas suportados pelos Estados Unidos.

O evoluir da crise europeia foi agravando essas tensões na aliança atlântica. Obama e Hillary Clinton têm proferido declarações de apoio aos países europeus em dificuldades, mas sobretudo o Presidente tem lembrado que «a América também tem os seus problemas económicos para resolver». E deste lado do Atlântico, não se esperaria por parte de «Santo Obama» um discurso tão protecionista...

Depois do clima de tensão e medo dos últimos meses, com a indefinição na Grécia e a austeridade dos planos na Irlanda e em Portugal, os últimos dias fizeram subir ainda mais os níveis de alerta em Washington em relação à crise europeia: primeiro com a intenção de Chipre em também pedir ajuda externa e, sobretudo, com o pedido espanhol do passado dia 10 de junho.

Mais do que os ataques políticos da campanha de Mitt Romney, o que Barack Obama deverá mesmo temer, nas suas contas para a reeleição, é o fantasma europeu. Se a crise no Velho Continente se agravar seriamente nos próximos meses, a situação económica poderá ficar num ponto eventualmente crítico para as pretensões de um Presidente em busca de um segundo mandato.

A Economia, que foi o principal aliado de Obama em 2008, arrisca-se a ser o maior opositor eleitoral de Barack, quatro anos depois.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Histórias da Casa Branca: O desafio da mobilização


A última semana trouxe sinais preocupantes para Barack Obama: a vitória de Scott Walker no Wisconsin, as críticas de Bill Clinton e Ed Rendell e a maior angariação de fundos da campanha de Romney no mês de Maio levantaram dúvidas sobre a capacidade de mobilização do campo democrata para novembro



O desafio da mobilização

Por Germano Almeida



Numa altura em que Mitt Romney parece ter sossegado os críticos republicanos, depois de uma época de primárias particularmente conturbada, os sinais de divisão interna aparecem, de forma um pouco inesperada, no campo democrata.

A última semana foi especialmente difícil para o Presidente Obama. No Wisconsin, estado que vota democrata nas eleições presidenciais desde 1988, o triunfo do governador republicano Scott Walker complicou a missão de Barack para novembro.

Walker foi eleito legitimamente, mas a sua polémica governação levou a uma eleição intermédia (figura prevista no sistema americano), que o obrigou a ter que defender o seu próprio cargo, de novo nas urnas. Até há poucos dias, sempre que tal sucedeu na América, os governadores em funções perderam.

Mas Scott Walker venceu, em grande parte devido ao forte financiamento de sectores do Tea Party. Como a sua mulher oportunamente observou na noite da vitória, «Scott é o primeiro governador americano a ser eleito duas vezes para o mesmo mandato».

As sondagens continuam a mostrar uma boa vantagem de Obama sobre Romney neste importante estado do Midwest, no que à disputa presidencial diz respeito. Mas a vitória de Walker (um republicano da ala dura, que tem governado com base num programa altamente crítico dos direitos dos sindicatos e de associações ligadas ao Partido Democrata) levantou algumas dúvidas sobre se Obama conseguirá mesmo manter o Wisconsin na coluna dos estados garantidos.

Há quatro anos, Barack derrotou John McCain no Wisconsin por uma larga vantagem -- mas foi o próprio David Axelrod, principal conselheiro político de Obama, a reconhecer: "A partir de agora, o Wisconsin passa a estar entre os estados em disputa nas eleições de novembro".

Unir o campo democrata. É o principal desafio de Obama nas próximas semanas: afastar os sinais de divisão que começam a desenhar-se no Partido Democrata, em função da herança do primeiro mandato presidencial de Barack.

Bill Clinton, o último Presidente democrata antes de Obama, surgiu nos últimos dias com afirmações um pouco contraditórias. Apesar de apoiar Barack de forma clara, na tentativa de reeleição, o 42º Presidente dos EUA demarcou-se das críticas feitas pela campanha de Obama ao trabalho de Mitt Romney na Bain Capital, elogiando o desempenho empresarial do nomeado republicano (e mesmo quando esclareceu as declarações, Clinton pareceu querer assumir um discurso diferente do da campanha de Obama).

O marido da atual secretária de Estado foi prontamente "corrigido" pela presidente do Comité Nacional Democrata, Debbie Wasserman Schultz, que sentenciou: "O Presidente Clinton está errado em relação ao passado de Mitt Romney na Bain Capital".

Mas Clinton não foi o único notável democrata a aparecer em dissonância com a mensagem de Obama, nos tempos mais recentes. Ed Rendell, antigo governador da Pensilvânia e elemento importante do Democratic Nacional Comittee, admitiu «não ter a certeza que Obama será reeleito» e mostrou-se «desapontado» com os ataques da campanha de Barack ao passado empresarial de Mitt Romney, na gestão da Bain Capital.

Convém explicar que Ed Rendell foi um dos principais líderes do Partido Democrata a apoiar a candidatura presidencial de Hillary Clinton, há quatro anos. Nunca foi do núcleo próximo de Obama, embora tenha sido, por exemplo, forte defensor da forma como o Presidente geriu politicamente a batalha pela aprovação legislativa da Reforma da Saúde.

Há quem veja nestas críticas de Rendell a Obama um resquício de uma certa facção do Partido Democrata, que se estará a preparar para uma candidatura presidencial de Hillary Clinton em 2016.

Certo, certo é que Barack Obama tem que saber interpretar estes sinais, se pretender repetir a fantástica mobilização de há quatro anos. Sem uma boa parte dos independentes que nele votaram em 2008, Obama não pode dar-se ao luxo de perder um segmento que seja do eleitorado tradicionalmente democrata.

Há outro dado recente que merece reflexão junto da máquina de apoio a Obama: em Maio, a campanha de reeleição de Barack angariou 60 milhões de dólares de apoios. No mesmo período, a campanha de Romney amealhou 76,5 milhões -- uma diferença que ainda está longe de ser suficiente para colmatar a grande vantagem de Obama sobre Mitt no dinheiro total angariado, mas que sinaliza uma certa desaceleração no entusiasmo das hostes democratas. 

O próximo desafio será, por isso, o da mobilização do seu próprio partido, para uma reeleição que, tudo o indica, permanecerá uma incógnita até 6 de novembro. 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Histórias da Casa Branca: Quatro caminhos para a reeleição




Barack Obama em campanha no Iowa: há quatro anos, os triunfos no Midwest foram decisivos na nomeação democrata e, sobretudo, na eleição geral. Em 2012, Obama continua forte na América profunda, apesar da timidez da recuperação económica




Quatro caminhos para a reeleição


Por Germano Almeida 


A exatamente cinco meses das eleições presidenciais nos EUA (serão a 6 de novembro de 2012), prevalece a ideia de que esta será uma disputa muito renhida.

Há fatores de enorme relevância que só ficarão mais claros depois do verão (como se comportará a evolução do emprego nos próximos meses?; a aparente união dos republicanos em torno da nomeação de Mitt Romney é passageira, ou será para manter?), mas tudo indica que o duelo Obama/Romney será mesmo definido por detalhes nos estados chave.

As probabilidades de reeleição de Obama, que já chegaram a passar a barreira dos 65 por cento, estão agora abaixo dos 55 por cento -- embora o Presidente continue a ser favorito.

Obama é, em traços gerais, melhor político do que Romney. É mais mobilizador, tem uma oratória mais convincente e apresenta um conjunto de qualidades políticas mais consistentes, quando comparadas com as características do seu adversário.

Se a isto juntarmos o facto de ser historicamente mais provável que um Presidente se reeleja, então teremos, aparentemente, um conjunto de dados muito favoráveis ao triunfo de Obama em novembro.

Mas há um dado com muito peso que pode baralhar as contas: o fator económico. Romney apresenta-se como «o candidato CEO» -- e faz valer no seu currículo gestões positivas nos Jogos Olímpicos de Inverno de Salt Lake City (1992); no governo do estado de Massachussets (primeiros anos do século XXI) e na Bain Capital (ainda que a campanha de Obama já o tenha atacado por, supostamente, Mitt ter tido intervenção no corte de postos de trabalho na empresa).

A verdade é que Romney tem feito valer, nesta primeira fase da campanha, a sua imagem de «criador de empregos aproveitando o melhor do capitalismo americano», contrapondo com o registo mediano da Administração Obama no aspeto económico.

A campanha de Barack recorda que, em três anos, «foram criados 3,7 milhões de empregos na América» e contextualiza: «O Presidente Obama começou o seu mandato herdando a pior crise desde os anos Roosevelt». Romney rebate e comenta: «Tem havido criação de emprego... apesar de Obama».

Depois de uma melhoria lenta, mas gradual, durante vários meses, o relatório de Maio sobre o emprego foi negativo para a tese económica de Obama: o desemprego subiu para 8.2% (desde Roosevelt que nenhum Presidente é eleito com uma Taxa de Desemprego superior a 7.5%) e o número de postos de trabalho criados foi muito abaixo do esperado (69 mil, bem menos que os 230 mil de meses anteriores).

Ainda é cedo para ter certezas sobre se esta tendência se manterá até novembro, mas há nuvens negras a perturbar a estratégia de reeleição de Obama.

Apostar na aritmética. As sondagens nacionais continuam a dar um grande equilíbrio, mas perante os problemas de Obama na parte económica enquanto Presidente, a campanha de reeleição de Barack está atenta e parece disposta a voltar a apostar numa estratégia eleitoral alargada.

Obama revelou-se, há quatro anos, um candidato multifacetado, capaz de se bater em campos tradicionalmente difíceis para um nomeado presidencial do Partido Democrata. E as sondagens mostram que isso voltará a acontecer em 2012, embora não com os níveis de excelência de 2008, por culpa do desgaste da governação.

Obama vai colocar muitas fichas em estados como a Virgínia, a Carolina do Norte, o Indiana, o Colorado ou o Nevada, que não costumam ser terreno propício a uma vitória democrata na eleição presidencial, mas que o Presidente venceu claramente há quatro anos.

Jim Messina, diretor de campanha da reeleição de Obama, explica: "Há quatro caminhos que foram cumpridos há quatro anos e que continuam completamente em aberto para Barack: a via do Oeste, os estados do Midwest, o Ohio e Iowa, e ainda a Florida. Se olharmos para os dados neste momento, há fortes perspetivas de vencermos nestas quatro frentes".

É certo que a recuperação de Romney nas últimas semanas retirou algum favoritismo a Obama para novembro. Mas convém lembrar que há meio ano, no final do verão de 2011, "Barack Obama parecia politicamente morto". A expressão é de Dan Pfeiffer, assessor de Obama há vários anos e atual diretor de comunicação da Casa Branca. "Depois das negociações com o Congresso sobre o teto da dívida, o Presidente foi de férias para Martha's Vineyard frustrado com o retrato que faziam do seu trabalho. Viam-no como um Presidente fraco -- e ele nunca foi isso".

O final de 2011 e os primeiros meses deste ano pareciam ter selado a recuperação de Obama -- como Presidente e como candidato à reeleição. Dos 38 por cento a que chegou a sua popularidade em Agosto passado, passou-se para níveis superiores a 50 por cento.

Mas o arrefecimento da Economia americana voltou a colocar dúvidas sobre a tese do sucesso do primeiro mandato de Obama. Os próximos tempos vão ajudar-nos a olhar para este filme de um forma um pouco mais coerente.

Faltam cinco meses para a grande eleição -- e tudo está em aberto.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Histórias da Casa Branca: cinco tendências do duelo Obama/Romney


Barack Obama e Mitt Romney: qual dos dois conseguirá agarrar a representação da bandeira americana, a 6 de Novembro? A eleição vai ser renhida e os factores de decisão ainda estão em aberto


Cinco tendências do duelo Obama vs Romney

Por Germano Almeida


A cinco meses das eleições presidenciais nos Estados Unidos, as sondagens mostram um progressivo equilíbrio.

Depois de uma primeira fase em que o favoritismo de Barack Obama parecia claro, a confirmação da nomeação de Mitt Romney (que atingiu o número mágico dos 1144 delegados depois das primárias no Texas) e o arrefecimento da economia americana nos últimos meses (o desemprego subiu para 8,2% em Maio) têm vindo a reduzir a diferença.

As 'intrade odds', que já chegaram a dar uma probabilidade de quase 70 por cento a Obama, estão agora nos 55% para a reeleição do Presidente e 40% para um cenário de vitória de Romney.
Outro dado a ter em conta passa pela recuperação do ex-governador do Massachussets nos estados chave: Romney lidera alguns estudos no Ohio (que até há poucos dias era claramente comandado por Obama) e mostra-se mais competitivo na Florida, Virgínia e na Pensilvânia.

Mais importante do que olhar para estes indicadores -- que certamente vão oscilar nos próximos meses, com o aumentar da intensidade do duelo presidencial -- é olhar para estes cinco grandes tendências:

1. FAVORABILIDADE. O termo é pouco usado na língua portuguesa, mas será mais ou menos essa a tradução para a noção de "likability", muito estudada nas sondagens políticas na América. Nesse ponto, o Presidente continua a ter uma sólida vantagem. As pessoas continuam a gostar de Obama, apesar dos problemas da governação, e atribuem-lhe vantagem no confronto com Romney, quando se questiona: "De quem gosta mais"? Nesse plano, a vantagem de Barack sobre Mitt é na ordem dos 60/30.

2. ECONOMIA. Como nota John Podhoretz, em artigo no New York Post, "certamente que o principal argumento da reeleição de Obama não será a economia". Se a tendência de recuperação económica se mantivesse forte até Novembro, não haveria grandes dúvidas de que Obama seria reeleito. Mas os cisnes negros são cada vez mais visíveis nesse capítulo, nos próximos meses. E Romney insiste, por isso, cada vez mais na tecla de que é «mais credenciado e mais experimentado» como gestor e empresário. A guerra de argumentos entre os dois candidatos passará muito por esta questão.

3. LIGAÇÃO AO "AMERICANO COMUM". Nesse ponto, a vantagem volta a ser de Obama. Mitt Romney dificilmente se livrará do rótulo de «demasiado rico» e «elitista». Uma estratégia de última hora de colocar o nomeado republicano próximo da «real America» soaria a falso. Obama, com um discurso mais terra a terra quando é preciso, consegue apelar mais ao sentimento americano e recorda, com particular mestria, as suas raízes no Midwest (de onde a mãe era natural e onde sempre foi muito forte eleitoralmente).

4. VETERANOS E UNIVERSO MILITAR. Clara vantagem de Romney neste segmento, traduzida nas sondagens por uma diferença de 66/33. Obama não se livra de ser um Presidente que está a reduzir o orçamento de Defesa e que advoga a diminuição da presença militar americana no Mundo. Mitt mantém o discurso republicano tradicional neste campo e isso basta-lhe para ter grande avanço no voto dos militares.

5. MINORIAS. São tantas, tão diferentes e tão influentes no mosaico americano, que se torna difícil simplificar num só ítem. Obama arrasou McCain há quatro anos na chamada «coligação de minorias»: negros, jovens, latinos, mulheres. Prevê-se que mantenha vantagem em todos estes campos, mas com diferenças bem menores, em relação a 2008. Romney deposita algumas esperanças em sectores hispânicos e mesmo em eleitorado jovem que está desiludido com o desempenho económico da Administração Obama. Se no eleitorado branco religioso, Romney vencerá claramente, em todos os outros segmentos, o Presidente continua a mostrar muito competitivo.