quarta-feira, 4 de março de 2009

As palavras de Barack (III): Reforma política -- já é tempo de ser o povo americano, e não os grupos de pressão, a mandar em Washington


«O nosso momento chegou, o nosso movimento é real, e a mudança está a chegar à América»

Na noite da Super Terça Feira, a 5 de Fevereiro de 2008, Barack Obama venceu 13 estados, mais quatro do que Hillary, e empatou com a senadora Clinton no número de delegados.

Num dos discursos mais clarificadores de toda a sua campanha, declarou em Chicago, a jogar em casa:

«A apenas a alguns quilómetros daqui, quase há um ano, estivemos nos degrausdo antigo Capitólio estadual para reafirmarmos a verdade que foi ali dita há tantas gerações: a de que uma casa dividida não pode resistir; que somos mais do que um conjunto de Estados vermelhos e Estados azuis; somos, e sempre seremos, os Estados Unidos da América.

Aquilo que começou como um sussurro em Springfield depressa alastrou aos campos de milho do Iowa, onde agricultores e operários, estudantes e idosos se ergueram, em números que nunca antes víramos. Levantaram-se para dizer que talvez este ano não tenhamos de nos contentar com uma política em que marcar pontos é mais importante do que resolver problemas. Desta vez,talvez possamos finalmente fazer alguma coisa acerca dos cuidados de saúde que não conseguimos pagar ou sobre as hipotecas que não temos maneira de pagar. Desta vez, pode ser diferente.

As suas vozes ecoaram desde as colinas de New Hampshire até aos desertos de Nevada, onde professores e cozinheiros e trabalhadores das cozinhas se ergueram para dizer que talvez Washington não tenha mais de ser governada por grupos de pressão. Chegaram às costas da Carolina do Sul, onde as pessoas disseram que talvez não tenhamos de estar divididos por raça e por região e por sexo; que as escolas em ruínas estão a roubar o futuro de crianças negras e brancas; que podemos unir-nos e construir uma América que dê a cada criança, em qualquer lugar, a oportunidade de viver os seus sonhos. Desta vez, pode ser diferente.»

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