quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tom Daschle na Saúde


Tom Daschle, 60 anos, ex-líder dos democratas no Senado, será o secretário da Saúde e dos Serviços Sociais na Administração Obama, sucedendo no cargo a Mike Leavitt.

Depois de escolhas muito ligadas aos anos Clinton (Eric Holder, Rahm Emanuel, Hillary Clinton, mesmo Joe Biden), Barack Obama começa a chamar figuras que foram centrais na sua campanha vitoriosa.

Daschle é uma espécie de padrinho de Barack no Senado. Quando Tom estava de saída do Capitólio, em 2004 (após ter perdido a corrida para a reeleição como senador pelo Dakota do Sul para o republicano John Thune), Barack estava a chegar ao Senado.

Em vez de voltar ao Dakota do Sul, Daschle começou logo a ser um dos cérebros da caminhada de Obama para a Casa Branca -- terá sido ele, aliás, um dos três conselheiros próximos de Barack a convencê-lo a avançar para uma candidatura presidencial já em 2008 (numa primeira fase, ainda no início de 2005, Obama achava que seria melhor esperar quatro ou oito anos). «Quanto mais cedo melhor», disse Tom a Barack. «A tua mensagem é de esperança, novidade, renovação. Se avançares daqui a uns anos, já serás visto como um tipo do sistema, de Washington, que teve que votar com a corrente. Tens que avançar já».

Barack seguiu-lhe o conselho e Daschle foi, nesta histórica caminhada de dois anos de campanha, um dos homens da confiança do super-candidato (mais próximo só talvez David Axelrod, o fiel escudeiro de Barack, chefe da equipa de estratégia).

A recompensa aqui está: o homem que terá a pasta da reforma do Serviço Nacional de Saúde é mesmo Tom Daschle.

2 comentários:

maloud disse...

Ou eu percebi mal, ou ontem, nem o Washington Post, nem o NYTimes ainda davam como certa a sr.Clinton. Pareceu-me que o marido teria de "ajudar", senão nada feito.

Germano Almeida disse...

Sim, não é certa a Hillary. Por ela já estaria, mas falta saber se as ligações a Clinton Global Initiative não serão impeditivas.

O meu próximo post será sobre isso. Mas estou convencido que será mesmo Hillari a secretária de Estado. Explicarei no post porquê.