É mesmo ele: Lindsey Graham, 53 anos, senador republicano pela Carolina do Sul, especialista em questões militares e diplomáticas e um dos mais fervorosos apoiantes de John McCain nas eleições gerais, apareceu em público com o Presidente eleito, Barack Obama, e o vice-presidente eleito, Joe Biden.
Num clima de grande cordialidade, contrastando com o tom muito crítico em que se referiu a Obama durante a campanha, Graham mostrou-se disponível para aplicar a sua longa experiência em relações internacionais, de modo a ajudar em determinadas missões diplomáticas na próxima Administração.
Há, até, já quem fale numa política externa de Obama com três cabeças: Hillary Clinton no Departamento de Estado (a assumir a condução das questões mais delicadas e prementes, como Irão, conflito Israel-Palestina, luta contra o terrorismo, saída do Iraque, Afeganistão), Joe Biden na Vice-Presidência (talhado para missões menos tensas, mas de maior profundidade estratégica, como a China, a Rússia ou a Índia) e Lindsey Graham, o inesperado aliado que poderá garantir consensos bipartidários em questões de fundo para a América.
Não há dúvida: a grande marca dos anos Obama não será a mudança: será a capacidade de reconciliação.
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