sábado, 6 de dezembro de 2008

Caroline Kennedy pode suceder a Hillary Clinton no Senado


Com a nomeação de Hillary Clinton para secretária de Estado, fica um lugar vago no Senado norte-americano: um representante por Nova Iorque, eleito pelos democratas até 2012, dado que Hillary foi reeleita em 2006 para um mandato para mais seis anos.

Indicações que circularam ontem apontam para que Caroline Kennedy será a hipótese mais forte. A única filha viva do casal John e Jackie Kennedy esteve anos afastada da política, mas participou activamente nesta campanha presidencial, apoiando Barack Obama numa fase ainda muito prematura das primárias.

Em artigo publicado no New York Times, sob o título «A President Like My Father», Caroline escreveu:
«Sometimes it takes a while to recognize that someone has a special ability to get us to believe in ourselves, to tie that belief to our highest ideals and imagine that together we can do great things. In those rare moments, when such a person comes along, we need to put aside our plans and reach for what we know is possible. We have that kind of opportunity with Senator Obama. It isn’t that the other candidates are not experienced or knowledgeable. But this year, that may not be enough. We need a change in the leadership of this country — just as we did in 1960.»

Caroline fez parte da equipa que preparou a escolha de Barack para a vice-presidência (e acabou por se decidir por Joe Biden) e esteve na shortlist para o cargo de embaixadora das Nações Unidas. Mesmo sem ter entrado para a Administração Obama, o regresso de Caroline à política parece inevitável -- ou não carregasse ele a herança da dinastia dos Kennedy.

Com o seu tio Ted Kennedy, senador pelo Massachussets há 45 anos, de volta ao Capitólio, mas gravemente doente (com um tumor cerebral), Caroline poderá assegurar a continuidade da dinastia ocupando um lugar que já foi do seu tio Bobby Kennedy, nos anos 60 -- o de representante de Nova Iorque no Senado.

O governador de Nova Iorque, David Paterson, já falou com Caroline e ter-lhe-á transmitido ser esse o desejo do Partido Democrata no estado. Mas há outros nomes possíveis. Aguardemos pelo próximos capítulos...

1 comentário:

JF disse...

Como política não faço a mínima ideia das qualidades de Caroline. E como não estamos a falar de monarquia, com sucessão garantida, é justo que Caroline seja escolhida pelo seu mérito e não pelo nome que carrega.
No entanto, e como bem referiu, infelizmente Ted Kennedy está doente. Seria óptimo continuar a ter alguém com sobrenome Kennedy no Partido Democrata.
Há por vezes algo de genético, nisto de política, e os Kennedy já o provaram. Portanto acredito que os genes de Caroline poderão estar impregnados desse caracter politico desde o seu avô Joe, o seu pai John e mesmo os seus tios Bob e Ted. Para mais, quem criou os filhos de John e Bob (incluíndo Caroline) foi Ted.
Abraço,
José Miguel Fernandes