Está a causar enorme polémica a escolha do reverendo Rick Warren, pastor evangélico da Califórnia, para fazer o sermão na tomada de posse de Barack Obama, como 44.º Presidente dos Estados Unidos, a 20 de Janeiro.
Warren não é um evangélico «normal»: não fez parte da forte corrente evangélica que apoiou George W. Bush e os republicanos. É próximo de Obama e representa, de algum modo, a capacidade que Barack teve de agarrar grande parte do eleitorado religioso, que nos últimos oito anos se afastara dos democratas.
Até aí, tudo bem. O problema é que o reverendo Warren é um forte opositor dos casamentos gay (chegou a apoiar a proposta aprovada em referendo no estado da Califórnia, no passado dia 4, que ilegaliza os casamentos entre homossexuais).
Obama explica, no link abaixo, que esta é mais uma prova da «diversidade americana», que se propôs abraçar durante a campanha. Mas os movimentos pelos direitos do gay já dizem que se sentem traídos pelo Presidente eleito...
2 comentários:
O papel da religião nos USA deixa-me sempre perplexa. Dito isto, não haveria escolhas mais neutras?
Haveria, certamente. Mas creio q a ideia de Obama terá sido mesmo a de mostrar que os cristão evangélicos foram importantes para que conseguisse uma tão ampla maioria, de quase 54% dos votos.
O facto de Warren ser tão contra os direitos dos homossexuais é, obviamente, um senão para Barack, mas ele terá quatro (ou talvez oito) anos para deixar bem claro que é a favor dos direitos das minorias...
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