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Foi nomeada secretária de Estado há poucos dias, mas já há uma ala dos conservadores que ataca Hillary Clinton.
O Judicial Watch, grupo de juristas conservadores, garante que a indicação de Hillary para chefe da diplomacia é ilegal, dado que a secção 6 do artigo 1 da Constituição americana impede que um legislador no activo seja nomeado para um cargo cujos rendimentos tenham sido aumentados durante o mandato daquele legislador.
Trocado por miúdos, como Hillary ainda é senadora, e como o salário de secretário de Estado foi aumentado desde 2001 em 4700 dólares, ela poderia estar constitucionalmente impedida de ocupar o cargo.
Torna-se difícil imaginar que a extensa equipa de transição que prepara a Administração Obama não se tenha lembrado deste pormenor. E a verdade é que grande parte dos juristas que aconselham o futuro Presidente garantem que não haverá problema: a solução deverá passar pela reposição ao valor anterior, de modo a que Clinton não possa ser acusada de ter contribuído para melhorar o seu próprio salário.
Houve, de resto, já casos em que a questão se pôs, como em 1993, quando o então senador pelo Texas Lloyd Bentsen (que havia sido o candidato a vice-presidente no ticket de Mike Dukakis em 1988) aceitou a nomeação de Bill Clinton para secretário do Tesouro, cargo que havia sido aumentado no respectivo salário enquanto Bentsen exercia funções no Senado.
Certo, certo é que, de acordo com uma sondagem CNN/Opinion Research Corporation, 71 por cento dos americanos aprova a escolha de Obama para o Departamento de Estado. Mas o ódio a Hillary é já um clássico em certos sectores conservadores...
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