Foi hoje, na Casa Branca, e é mais uma prova de como os americanos dão um enorme significado ao poder simbólico de «atravessar barreiras partidárias»: dois Presidentes republicanos (George Bush pai, 1989-1993, e George Bush filho, 2001-2009) e três Presidentes democratas (Jimmy Carter, 1977-1981, Bill Clinton, 1993-2001 e Barack Obama, 2009-??) juntaram-se ao almoço, um facto que já não ocorria em Washington há 28 anos.
Carter, Bush pai, Clinton e Bush filho ofereceram conselhos e disponibilidade para servir na futura Administração Obama.
3 comentários:
Houve alguma razão para este interregno de 28 anos? Algo a ver com a saída vergonhosa do Nixon?
Não sei, para ser franco. Mas creio terem-se reunido, finalmente, as condições para uma espécia de consenso interpartidário, depois do Reaganismo (em que os democratas estavam pelas ruas da amargura) e dos anos crispados do Clintonismo (em que o grau de hostilidade dos republicanos chegou aos níveis que sabemos).
E há um aspecto que não tem sido referido e que me parece curioso: Bush filho tem-se portado muito melhor na transição do que Clinton quando saiu. A malta do staff de Bill fez mil tropelias nos dias anteriores à saída da Casa Branca (há episódios de teclas W tiradas dos computadores...) e, desta vez, tudo está a correr com mais elevação.
Este não foi "eleito" pelo Supremo Tribunal.
Confesso-lhe que na época me diverti à grande com aquela maluqueira da saída do Clinton.
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